Amar-te... vida em mim
 
Recebi em 30/04/2023


Sinto-me doente, de tanto sentir.
Enlouquece-me este estar a sós comigo.
Vem, amor, eu estou só e tão sofrido,
Que melhor seria saber-me mentir.

Ah, mas mentir, mente quem pode,
Não sofre revés, de ato insano.
Mas eu ingênuo me descambo,
Sofrendo a dor, de ser meu nome.

Sempre o tempo há de correr,
Menos a loucura sem retorno.
E inda que eu morra ao abandono,
Serás tu, razão e vida, de meu viver.

Que todas as lágrimas fossem aqui.
E o mar, que houvesse de trazê-las,
Fossem estas minhas mãos, a enternecê-las
E todo o meu querer, estar junto a ti.

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 17/12/2004



*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com a antiga ortografia.

 
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