Escrever para mim quase nunca foi um acto
de isolamento pensado, bem p´lo contrário.
Só o pensar-me, imaginar que todo eu
se dispõe a esgaravatar do nada um motivo
naturalmente de libertação, é, acto contínuo
razão de alegria e espontaneidade, no meu viver.
E é assim quando, na folha alva de um caderno,
me ponho a rabiscar, que eu bebo do poema,
palavra sobre palavra, o fruto de um momento
de inspiração divina, na alma a se entregar.
É por isso que eu digo que escrever nem sempre
é um acto isolado, mas sim um prazer repartido.
Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal
- 08/06/2024
*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com
a antiga ortografia.