A cada nascer… Esperança
 
Recebi em 03/02/2025


Aquele pedacinho de gente,
acabadinho de nascer -como
tantos outros mundo afora -,
sossega agora, junto à mãe.

A mãe, não esconde alegria,
soletrando delicados beijos,
sussurrando seu nome -
achegando o peito, para ele beber.

Nisto bebendo, são os olhos
da mãe, que ele memoriza;
aos quais jamais esquecerá,
e ao seu cheiro, incomparável.

Roupas brancas acercam-se
do bebé, pesando-o de seguida;
mas seus olhinhos, procurando,
não encontram o objecto, de sua afeição.

Ao susto, corresponde um choro…
buscando a mãe, com as mãozinhas.
E já no colo, de sua ventura,
enfim, adormece - divino sono.

Vendo-o dormir, cinge-lhe os braços,
num aconchego maternal,
murmurando um cândido sorriso
àquele que lhe deu razão, de seu viver.

Jorge Humberto
Santa-Iria-da-Azóia - Portugal - 12/08/2008



*Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com a antiga ortografia.


 
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