Muito mais (Soneto)


Se Deus me perguntasse: “O que fizeste?”
Quem me dera poder lhe responder
(Tão pura assim tal qual a flor campestre)
Vivi, como ordenaste-me a viver.

Não fiz da minha vida um agreste,
Mesmo diante de um grande sofrer;
Segui minha jornada de terrestre,
Com tudo e sobre tudo a bendizer!

Porém, pobre mortal (das chicoteadas)
Terei em minhas faces já sulcadas,
As marcas estampadas dos meus ais...

O pranto vai rolar dos olhos meus,
Por vergonha diante de meu Deus
Que por mim foi ferido muito mais.

Irani Gennaro


Publicado no site: O Melhor da Web em 23/09/2010
Código do Texto: 64422



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