O Seresteiro

Recebi da Poetisa em 10/05/2011
 
 


 
 
O Seresteiro
Hilda Persiani
 
 
Eram desoras de fria madrugada,
Longe, um cão ladrava na deserta rua,
Talvez, quem sabe, para afugentar a lua
Ou espantar alguma alma penada...
 
De repente, ouço o som de um violão
E alguém cantando apaixonadamente
Para acordar a amada, certamente
E em versos declarar sua paixão.
 
Abri na minha janela uma fresta,
Discretamente resolvi espionar
Quem seria o alvo daquela seresta,
 
Quem o seresteiro queria acordar?
Ao ver meu vulto jogou-me uma flor
E em versos declarou-me o seu amor .
 


Fundo Musical: A última estrofe
 
 
 
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