Velho realejo

Queridos (as)... abraçado e aconchegado pela linda e talentosa Arte de Sonia Pallone,
Poeta, Artista e  Amiga que reverencio aqui, embalado pela valsa que o inspirou,
um Salve! para Custódio Mesquita e Sadi Cabral, voa meu versejo batizado como Velho Realejo. Beijos, Gui

Velho Realejo

Gui Oliva


Passou o tempo...perdi o momento...
nada mais almejo e esquecer eu tento,
apenas canto, e ao cantar relembro
e choro a dor doída que não invento.

É dor de ausência, dor de esquecimento,
mas que não chora tempo da meninice,
é dor adulta, inundada de lamento,
pelo tempo que perdi afogada em tolice.

E sigo assim, ora triste, ora risonha,
ao ouvir essa valsa que me faz chorar,
pois relembra alguém que já não vejo

mas, em mim, coração que ainda sonha,
pulsa, dedilha versos, obriga-me a cantar,

fazendo-me sentir como um velho realejo.


Santos/SP 01/09/07




Fundo Musical: Velho Realejo - Vicente Celestino, Orlando Silva, Francisco Alves e Silvio Caldas



Letra da Valsa
Velho Realejo

Custódio Mesquita e Sadi Cabral


Naquele bairro afastado
Onde em criança vivias
A remoer melodias
De uma ternura sem par
Passava todas as tardes
Um realejo risonho
Passava como num sonho
Um realejo a cantar.

Depois, tu partiste
Ficou triste a rua deserta
Na tarde fria e calma
Ouço ainda o realejo a tocar
Ficou a saudade
Comigo a morar
Tu cantas alegre e o realejo
Parece que chora com pena ti!
 
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