* Abaixo, versejo dedilhado com citação do poema
Palavras ao Mar do Poeta santista,
o parnasiano Vicente Augusto de Carvalho. Beijos, Gui
SOU MAR
Gui Oliva
Sou como ele já
cantado em poesia, ...mar selvagem!*...
insubmisso, rebelde e calmo, brumas... nesse vem e vai, voltas da vida
em ondas que se desmancham em espumas.
Sou seu mergulho fundo como
recitar um salmo,
à margem tento encontrar os pés descalços, com força bato nos costões e
sigo, no encalço das marés mansas, a encontrar quem beijo e salgo.
Sou as águas espelho dos voejos de gaivotas, sou parte de um porto que
espera ser seguro, e quero sempre ser um mar do amor que clamo
se, insano, lançar tempestade em minhas grotas, sou maré dos desenganos,
do tempo escuro, viro um oceano de perdas...um mar profano.
01/07/07
Gui Oliva
https://www.poetadomar.com.br/
POETA DO MAR
PALAVRAS AO MAR
Vicente Augusto de Carvalho
Mar, belo mar selvagem
das nossas praias solitárias! Tigre
A que as brisas da terra o sono embalam,
A que vento do largo eriça o pêlo!
Junto da espuma com que as praias bordas
pelo marulho acalentada, à sombra
das palmeiras que arfando se debruçam
na beirada das ondas - a minha alma
abriu-se para a vida como se abre
a flor da murta para o sol do estio.
Versos do poema Cantiga Praiana,
do Poeta Nilo Soares Ferreira, meu pai.
"... este mar, calmo e briguento
parece ter pensamento
e ter coração humano...
Ou então, dentro da gente,
furioso ou complacente,
mora um pequeno oceano..."