SOLTO A VOZ
Gui
Oliva
Já ardi em versos todos os meus
medos,
ou quase
todos que pela vida fui revendo,
indaguei
qual sentimento lança o arremedo
que me faz tropeçar em meus
segredos.
Mantive
os meus muito bem trancados,
e os
tive assim tão bem guardados
que não
percebi... viver com tais medos,
poderá
tornar-se indelével degredo.
E só então quando tremi e pude
sentir,
percebi que os detendo
assim,
impus-me ao final do verso
concluir,
tristonha...eu tenho medo de
mim!
Superei
assim a coragem perdida,
retomei da vida toda alegria
e, como
tento vencer esse medo atroz?
Não
deixo sem amor alma exaurida,
só
aceito viver vida bem vivida,
beijo,
abraço a poesia e solto a voz!
Santos/SP 15/11/07
revisado
em 2012
Fundo Musical: Tide of lust - Ernesto Cortázar
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