Solto a voz

Recebi em 19/01/2013

SOLTO A VOZ
Gui Oliva

Já ardi em versos todos os meus medos,

ou quase todos que pela vida  fui revendo,

indaguei qual sentimento lança o arremedo

que  me faz  tropeçar em meus segredos.


Mantive os meus muito bem trancados,

e os tive assim tão bem guardados

que não percebi... viver com tais medos,

poderá tornar-se indelével degredo.



E só então quando tremi e pude sentir,

percebi  que  os detendo assim,

impus-me ao final do verso concluir,

tristonha...eu tenho medo  de mim!



Superei assim a coragem perdida,

retomei da vida toda alegria

e, como tento vencer esse medo atroz?



Não deixo sem amor alma exaurida,

só aceito viver vida bem vivida,

beijo, abraço a poesia e solto a voz!


Santos/SP  15/11/07


revisado em 2012



Fundo Musical: Tide of lust - Ernesto Cortázar


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