Prazer do Amor
Gui Oliva
O verdadeiro prazer é encontrar o amor,
aquele amor esperado
que, não tendo sido procurado,
chega... acomoda-se...mansamente...
com muito calor.
Prazer é sentir-se amada de forma plena,
sem máscaras e sem despiste,
ausência que se faz presente e assim, serena
já não se sente mais como pessoa triste.
Prazer é a união de corpos recordada
como um momento único e supremo,
bocas que em beijos se unem apaixonadas
e, por novo encontro, vai-se ao sonho acordada.
Prazer é segredo sim mas, compartilhado
somente entre dois amantes que o experimentam,
e têm os seus como pássaros alados
e para o além da liberdade eles voejam.
Prazer é também, pelo sexo, alcançar satisfação
se o ato for um registro do amor declarado,
deixemos de enganos e tanta mistificação,
os amantes definem os limites do gozo inusitado.
Expressam o prazer do amor
com formas das mais diversas,
por um olhar, por um beijo na mão,
por um afago, por um beijo roubado,
por um beijo de longe lançado,
por um alisar os cabelos,
por lamberem-se os pelos.
Em instantes do amor o prazer consumado
de perto, de longe ou estando ao lado colado,
não importa se mudo ou falante,
se calmo ou vibrante... se a seco ou suado.
O mais importante é que esteja enredado
pelas teias do amor...sincero e unitário
libertário e uno... então se antevê,
o prazer do amor entre mim e você...
ledo engano...uma lágrima escorre,
o amor se recolhe,
e o prazer já não mais se prevê.
Santos/SP 21/01/07
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