Recebo o silêncio da alma contrita e embebida em solidão, amargo fel na boca esquecido e no olhar o desprezo. Recebo o silêncio de mantidas mãos vazias e pés descalços no frio do chão, abandonada e através da imensidão do nada pouco revejo. Recebo o silêncio do coração cansado, trancado em grades de cruel prisão, perde partida do trem que lhe transporta os sonhos para o além. Recebo o silêncio dos versos a guardar segredos de dor em completa exaustão, mudo o amor como um derrogador que não permuta... apenas silencia porque,também, não escuta. Gui Oliva Santos - SP - 20/06/2007 Fundo Musical: Autumn Rose - Ernesto Cortázar |