Diz

Recebi em 18/04/2008

A Poesia tem, entre tantas virtudes, esta especial a indicar aos (às) seus e suas jardineiros (as),os sentidos da permanência e da transitoriedade, a certeza de que sempre será única mas nunca será a última flor da inspiração que, em algum momento brota no jardim poético de cada Poeta. Com estes sentires envio, assim, este meu penúltimo versejo e testemunho, com o rega realizada por um Anjo que desceu das nuvens do céu para me auxiliar a emoldurar e embalar, como eu sonhara, este meu Diz... Diz alma. Beijos, Gui

Diz
Gui Oliva


Diz alma, vai encontrar comigo,
que esse encontro não deve ser
de perigo.

Diz alma, chora se for preciso,
sopra a sentença do amor
no meu ouvido.


Diz alma, na linha reclamada,
que estou invariavelmente
condenada.

Diz alma, que a pena é desusada,
que o verdugo quer fazer-me
desnudada.

Diz alma, eu te peço, diz...eu quero,

preciso escutar-te, dizendo-me

o que espero.

Diz alma, com toda sinceridade,
no momento final, vou receber o beijo
que almejo?

Diz alma, do corpo livre, liberta sigo

pelas frestas contigo, e em versos,

vou ao infinito.

Santos/SP 17/04/2008



Fundo Musical: Verdi Nabuco-Và Pensiero Chorus of Hebrew Slaves



 
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