AMOR REVIGORADO
Gui Oliva
Não perde o amor quem, versejando sua dor,
lapida com a pena suas agruras... passageiras
de um coração machucado em seu interior
por desatenções, pelo abandono, pelo desamor.
Não...bem ao contrário, sublima o sofrimento
e, caminhando ao encontro do seu interior,
disseca a ferida com tal discernimento,
como se a cauterizasse suportando a dor.
E assim vai dando conta desse tratamento,
pela ação dos versos que pulsam com vigor,
curando todas as ilusões que já se findam.
Prepara o campo antes ferido... mas já cicatrizado,
o coração passa a bater com mais fulgor e destemor,
e nessa busca encontrará um novo amor revigorado.
Santos 15/10/06
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