Alma Cigana
Gui Oliva
Essa minh´alma cigana
vem de longa data,
de um tempo
que já se vai distante,
mas continua dançarina,
buliçosa,
como menina
sem pudores,
no baile da avenida
ou da vida
onde baila incógnita
tal qual cigana errante...
e canta e se encanta
num delírio louco,
quase juvenil,
o que ou quem procura
com esse olhar farsante?
nada... ninguém...
apenas se desnuda
pelo prazer de cantar
num rodopio
e, com tal despudor
embaralha,
lança as cartas
à leitura final,
e depois alucinada
escolhe
aquela que é vital:
de alegria indolor,
a carta do amor.
08/03/2005
Fundo Musical: Que Nadie
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