Eu sou aquela mulher
que riu,
que dançou,
que amou,
que chorou,
que se entristeceu...

Eu sou aquela mulher
que esteve por cima da carne seca.
Sou aquela mulher,
que esteve mais por baixo
que sola de sapato de mendigo.

Eu sou aquela
que mais perdeu do que ganhou.
Sou aquela que nadou, nadou
e morreu na praia.
Eu sou aquela que quis morrer
quando os amores se foram,
quando meu pai,
quando o Mozart morreu.

Eu sou aquela
que ri e que chora,
aquela que já não mais
se apavora.

Sobretudo,
sou uma mulher de Fibra,
que aprendeu a enganar os desenganos,
que ri na cara dos dissabores inesperados!!!

Eu sou aquela mulher
que conserva uma criança
latente e vibrante,
aquela que dorme acabada
e acorda revitalizada.

Eu sou a alegria
com um misto de melancolia.

Agora,
transformei-me naquele tipo de mulher
que não se abate,
que aprendeu a cair,
e ficou "expert" em se levantar.
Aquele tipo que não desiste,
que vai à luta,
que muda de ideia
no meio do caminho,
por concluir que assim será melhor.

Eu sou aquela mulher
que por onde passa
deixa sua marca.

Tem quem me ame
tem quem me odeie.
Pra mim, tanto faz!!!

Minha vida seguirá seu rumo,
apesar dessas "coisinhas insignificantes".

Eu sou a persistência,
o inconformismo
e a fé inabalável de que
tudo vai melhorar.

Ah vai!!!
Porque assim será e porque
Eu sou!!!!

Gina Zilli
28/02/2006



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