Abandonada


Quantas de nós nos sentimos assim...
Quando pela manhã,
Temos que sair em busca de resoluções as vezes até fáceis,
Mas que se tornam um grande peso, por estarmos sós.

Quantas de nós nos sentimos assim...
Ao vermos um filho doente, e sem apoio, tentando ser forte...
E não podermos esmorecer,
Diante da triste realidade, por estamos sós.

Quantas de nós nos sentimos assim,
Quando em uma festa, onde todos dançam felizes...
Em nosso interior,
Choramos lágrimas de dor, por estamos sós.

Quantas de nós,
Nos perguntamos no cair da noite...
Se somente a solidão,
Nos fará novamente companhia, por estarmos sós.

Estar só, é não ter um ombro amigo,
Alguém para vermos sorrir ao contarmos uma piada,
Alguém para dividirmos nossas alegrias e também nossos temores...

Estar só, é não ter um amor...
Para nos apoiar em nossas grandes decisões,
E vibrar com nossas vitórias.

Estar só, é abrir uma garrafa de vinho,
E não não ter com quem brindar uma conquista.

Estar só, é se sentir assim...
Triste e magoada, por amar-se tanto um alguém...
E ver que este alguém,
É apenas mais um ser egoísta e mentiroso...
Que não se importa com nossos sentimentos.

Estar só, é ter que conviver com a solidão.

Estar só, e viver com as lembranças do passado,
Esperando um futuro feliz.

Estar só, é sentir-se só...
Mesmo estando no meio dos filhos e amigos.

Estar só, é se sentir-se destruída por dentro,
Tendo que sorrir por fora.

Estar só, é se sentir assim,
Como me sinto hoje em especial...

ABANDONADA.

Eneida de L. Lemos
São Paulo - SP -
02/03/2007



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