Hoje, pensativo,
relia um poema
que falava de amor,
de sofrimento,
de vida, de morte,
evidentemente...
Enaltecia a dor,
a dor de amor...
Falava de flores...
De dissabores...
De abandono...
De estrelas,
certamente...
De beijos
inesquecíveis,
de palavras mortas nos
lábios ainda desejados.
De traição,
evidentemente...
De corpos
enlaçados
em fugaz prazer,
sem nada a se dizerem.
Apenas a se olharem,
desinteressadamente...
E acabava de
repente.
Sem lógica nem sentido.
Sem mágoas nem rancor.
Sem fulgor e sem amor,
bestamente...
E senti que esta
poesia
lembrava bastante você,
infelizmente...
Apenas uma velha
página
amarelada, imprensada entre
sonhos e ilusões. Vazia, virada,
tristemente...
Domingos Alicata
Rio de Janeiro - RJ - 15/03/2006
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