Sinto teu olhar,
docemente perdido,
como a procurar pelo
meu...

O pulsar suave do teu peito
reflete a cadência lenta do
meu suspirar...

Nossas mãos se tocam e,
com ternura se envolvem,
sem tempo determinado
para partir.

Temos todo o pouco tempo
da vida que passa, apressada...

Deita no meu ombro esta noite.
Esqueçamos o sexo...
Dá-me apenas a pureza
da tua alma, o amor sincero.

Simplesmente me abraça com
o vigor de quem abraça um novo
sonho e canta comigo, baixinho, as
músicas que marcaram nossas vidas.

E recitemos, ainda baixinho, os poemas
que apaixonadamente trocamos...

Invariavelmente falavam de amor,
de eternidade, de esperança!

Seria tão bom se, ao final de tudo,
pudéssemos simplesmente fechar
os olhos e, com um simples sorriso,
amanhecermos jovens...

Assim como no tempo em que íamos
ao colégio...

Domingos Alicata
Rio de Janeiro - RJ - 22/03/2006



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