(Nota antes
de iniciar o poema:
PERDÃO, serpentes, animais, criados
por Deus, essências na cadeia alimentar)
Em baile de cobras, se dança
de botas
Pois picada mortal, nem antídoto cura
Tua língua ferina não firma o que contas
Pensa-me
“tansa”! Tenho Santa loucura!
Pente fino varre cabeça com
lêndeas
Para ser como piolho, eu não convenho
Apresento atitudes corretas e idôneas
E a picuinhas chocarreiras não me atenho
Quando algo eu digo, é sempre sincero
De pente fino, nosso Planeta está cheio
Surucucu, bem longe de mim, eu te quero
Detesto criatura sem apropriado recheio
Pessoa má, ser _ pente, nata de cobras “branquelas”
Toma tenência, executa bem o teu trabalho
Ou como se praticava, nas remotas caravelas
Eu te decretarei como penalidade um caralho.
Nota da Poetisa
Este poema não tem relação com qualquer usuário
de qualquer site onde publico meus textos...
*Pente fino:
expressão usada aqui no sul, referente às pessoas que
“alisam” as outras dizendo uma coisa e fazendo longe delas, outra
coisa
bem diferente.
Também chamadas de sabonete, para não dizer: falsas, hipócritas,
caluniadoras, aleivosas, dissimula-das, inventivas, cínicas,
impos-toras, tartufas,
etc.
**Em baile de
cobras, recomenda-se dançar de botas (dito popu-lar).
***“Tansa”:
pessoa sem muita noção (no sense), inábil, tola,
“bur-rinha”.
****Caralho: também conhecido como plataforma acima do mastro
de
embarcações à vela.
Alguns chamam de gávea.
Era o lugar mais alto
e pior da
caravela para se ficar, balançava muito, o sol queimava e era solitária.
Quando
os marinheiros se comportavam mal eram mandados
para a “casa
do caralho”.
Pequena cesta no alto dos mastros das caravelas - gávea.
Era dali que os marujos observavam o horizonte.
O caralho
era um lugar muito instável, repercutia
qualquer balanço do navio se
com maior intensidade.
NADA COMO
TER O DOM DA ESCRITA PARA DESCARREGAR
DISSABORES E LEVAR AS DESGRAÇAS DA VIDA COM BOM HUMOR!!!!!!!!!
Denise Severgnini
Denise Severgnini
Novo Hamburgo - RS
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