Um dia de
fúria
(Beatriz por um
triz*)
Na porta do corredor
giro a chave da solidão
quebro as trancas da covardia
e
atravesso o portão
Sigo na mesma calçada
ainda
na contramão
das
águas turvas passadas
que inundaram meu coração
Na direção que
me entrego
em passos
firmes, decididos
divido-me entre
a fúria e o amor
em torpor meus
outros sentidos
Aos poucos vou
resgatando
a visão e o
pensamento
ouso questionar
a Deus
porque permitir
o tormento?
Crianças sós ao
relento
anciãos e nacos
de pão
águas devorando
as sementes
ou faltando e
trincando outro chão
Ainda na mesma
calçada
o ouro reluz no
pescoço
daquela que
passa apressada
evitando a mão
do moço
Neste cenário da
vida
retratado em
preto e branco
sinto-me assim
dividida
entre bruxos e
homens santos
Mas posso sentir
cada qual
com suas crenças
e orações
e como
uma paranormal
libero minhas
emoções
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