Em meio à floresta vejo uma árvore caída no caminho. Era grande, muito grande... foi abatida a machadadas. De seus cortes ainda recendia a dor do ato mesquinho. Que mal haveria feito, para ter sua vida assim ceifada? Nenhum! Em seus fortes galhos ainda haviam ninhos. Sobrevoando à sua volta, choravam vários passarinhos. Pelo verdor de sua folhagem, achei que ainda respirava. Sofrendo, mantinha-se viva no estertor que lhe restava. Imaginei o gemido do estalar de seu tronco ao desabar. Lânguido e dorido choro que pela floresta se fez ecoar. Por quantas décadas deste sombra ao viajante cansado? E agora terminas teus dias pelas mãos de um desalmado! Meus Deus! Juro-te que tento amar meus semelhantes, Mas alguns tornam-se desse meu amor, tão distantes... Perdoai-me se Te desobedeço abrindo alguma exceção. O autor desse crime não tem, igual a mim, um coração. O que faz com que um filho Teu maltrate um animal? O que o leva a dizimar florestas? Com pode ser tão mau? Secam rios, poluem lagos, aviltam a sagrada natureza. Sei que um dia pagaremos caro por isso. Tenho certeza!
SE O ANIMAL HOMEM NÃO INTERFERIR, |