PAIXÃO FATAL
Caminho sozinho, em meio à multidão. Em passos lentos, todos passam por mim. Carrego em meu peito sua ingratidão. Pensava que nosso amor jamais teria fim.
Quando em meus braços lhe enlaçava, Juras de amor eterno trocávamos. Confiante, nelas sempre acreditava Que, de verdade, nós nos amávamos!
Dois anos amargurados de ilusões vividas. Beijos trocados sem sentir o sabor da paixão. Mil desilusões seguidas, por mim sentidas. Por fim, sofri a traição e a nefasta separação.
Meu amor permaneceu, ainda que sôfrego. Tento caminhar mas sinto náuseas estranhas. Meu andar está cada vez mais trôpego. O ingerido por mim corrói minhas entranhas.
Caio ao chão, está findando minha amargura... Esse foi o único jeito do meu amor lhe convencer. Em minha mão, seu retrato carrego com ternura. Choro pelas desditas que não consegui vencer.
Acabou. Doravante, não mais estarei à sua mercê. Seja feliz com seu novo amor. Estou liberto de você! Em meu bolso deixo-lhe escrito o meu recado. O porquê deste meu ato, muito bem explica...!
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