Retumba agrilhoado em meu peito,
um pusilânime, quase extinto, brado pelo meu inane porvir.
Resta-me trazer o passado para o meu presente,
cônscio de que o futuro a Deus pertence.
Vivo envolto nas brumas de saudosas recordações,
evocando-as das entranhas de meus idos ontens.
Quero escrever sobre o que faço e o que pretendo fazer.
Perco-me no dispersar do nada. Caio no abismo abissal
do vácuo que se forma em minha volta.
Só me ficou deveras o que passou, o que fiz, o que chorei,
o que sorri, o que amei, o que sofri, o que gozei...
Procuro garimpar as doces lembranças e reavivá-las
em meus escritos, meus poemas, antes que um eclipse
ofusque em mim o outrora que me inspira e consola!
Não obstante, jamais me calarei diante da beleza e olor das flores,
do luar prateado que me extasia e inspira,
do mar que incansavelmente beija a areia da praia,
da beleza de uma mulher, do sorriso de uma criança,
das estrelas que salpicam o céu com seus brilhos próprios,
da folha morta caída ao chão, desgarrada de sua
árvore-mãe e pelo vento arrastada ao léu para destino ignorado.
Enfim, falarei sobre aquilo que Deus criou e nos foi legado.
Sobre o marasmo dos meus hojes...
NADA A POETAR!