Maria Ninguém

Recebi em 21/10/2016
 



Nasceste na favela, humilde família.
Deram-te o sublime nome de Maria.
Barracão pobre, quase sem mobília.
Pais trabalhando, por uma ninharia.

Já adulta, nunca deixaste de estudar.
Durante os dias tinhas que trabalhar.
Lutando, conseguiste ser professora.
Mas teu sonho era ser uma doutora.

Infelizmente, pela profissão alcançada,
Jamais foste justamente recompensada.
Tanto pelejaste para um dia seres alguém.
Vives à míngua, és uma Maria Ninguém!

A ti está entregue o destino de uma nação.
Cultura com denodado ensino e educação.
No mesmo barracão continuas morando.
Perdoe-nos. Por ti, ficamos todos orando!


Ary Franco
(O Poeta Descalço)




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