Cristais, quartzos vítreos incolores! Testemunhas mudas de nossos amores. No teto do quarto, no lustre, pingentes, Coroam nossos entrelaces ardentes. Em nada interferem, sempre silentes... Salvo quando uma brisa os entrechocam Fazendo-os retinir melodiosamente. E novas carícias de amor nos provocam. Num intervalo, ou saciados no terminar, Hipnotizados, quedamos para eles a olhar. A luz do luar os transforma em diamantes, Refletindo na penumbra, brilhos cintilantes. Mais forte ainda é o luzir do teu olhar. Atraente, sedutor, abrasador, faiscante. Apaixonado, serei teu eterno amante. Jamais saciarei meu te querer... te amar!
Ary Franco |