No início do amanhã, te despedes sem adeus. Obrigado por alegrares os dias meus. Pelas viçosas flores que me deixaste. Pelo frescor das brisas com que me afagaste. Em teu lugar chega-me o abrasador verão. Saudades precoces invadem meu coração. Longo tempo aguardarei por teu retorno. Que outra vez te usufrua, sem transtorno. Por que todas estações não são iguais a ti? Choro eu, o sabiá, o beija-flor e o bem-te-vi! Muitas de ti vivi com amor sempre maior. Nenhuma igual, todas cada vez melhor. Estarei mais velho quando voltares e me vires. Volta! Volta, inda que antes de partires!
Ary Franco |