De repente o amor nasce e aparece. Quase sempre, quando não se espera. Raras vezes duradouro, cedo fenece. Se não for correspondido, logo degenera. Várias ocasiões. Uma, duas, três, Até quatro, disso não duvido. Mas sempre, um de cada vez. São caprichos, coisas de Cupido! És seduzido quando chega o ideal, Aquele que no teu ver é perfeito. Casas com ela e ponto final. Lindo, absoluto, sem defeito E aí, sem sentir, aparece mais um. Tarde, muito mais do que tarde! Um acontecimento incomum. De paixão unilateral, teu coração arde. Sentimento cortado na própria carne. Não podes levar tal desatino adiante. Foges, te afastas, antes que seja tarde. Guardas a dor em teu coração pungente. Deixas atrás um rastro de ingratidão, Confiança traída e incompreensão. É o penoso preço que tens a pagar Por cometer o inocente crime de amar!
Ary Franco
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