Acordo, chego à janela e olho meu jardim. Uma nova rosa parece acenar e sorrir para mim. Pétalas salpicadas com o orvalho da noite acabada São brilhantes turmalinas ao sol com sua luz a brilhar. É azul, viçosa, na plenitude de sua puberdade. Sei que sua duração efêmera vai deixar-me saudade. Outras tantas virão, brancas, amarelas ou vermelhas. Por que a essa me apego com tanto amor? Afinal é ela apenas uma simples e singela flor Talvez amanhã possa outras contemplar Mas não com o mesmo carinho e ardor Como é sublime conjugar esse verbo amar. Com o peito arfante e choroso, saio da sacada. Rosa, tu fazes relembrar minha ex-amada.
Ary Franco |