Solitária demais

Recebi em 03/03/2007


SOLITÁRIA DEMAIS!
Arneyde T. Marcheschi

A garganta fecha corroída
pela dor ardida da solidão,
não existe mais emoção.

A dor é continua
a alma desnudada se retrai
enlutada, chorosa,
aborta felizes recordações.

Medrosa de dores,
se recolhe como caracol,
hiberna, se isola do mundo
que um dia foi colorido,
hoje dipinto em preto e branco.

Eu não era apática, opaca
tinha brilho, era viçosa,
hoje me afundo nas saudades,
cai na fogueira dos vulcões
tentei queimar recordações,
mas foi tudo em vão.

Apenas consegui fazer
renascer das cinzas a grande
e terrível dor da solidão que
continua queimando minha alma,
não deixando cicatrizar o coração.

Vitória - E. Santo - 04/03/2007

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Fundo Musical:
Til I Can Make It On My Own -
Martina McBride