Recebi em 01/11/2005 |
Deitada na cama...
rolo para lá... para
cá...
inútil... não consigo dormir!
Meus pensamentos viajam...
me
transportam, para onde você
está... meu amor.
Sinto febre... meu
corpo arde...
queima por dentro...
sente falta do seu corpo...
da
silhueta delgada...
deitado a meu lado,
arfando... cansado...
mas numa
alegria tamanha,
pois afinal pela primeira vez,
você tinha me feito
mulher!
Ensinou-me a descobrir
os prazeres da carne... da
alma...
a maciez de suas mãos,
acariciando meus cabelos,
meu
rosto, meus seios
como um hábil professor de anatomia.
Seu amor me
conquistou pouco a pouco,
e eu fui me entregando a você
por inteira... sem
nenhum pudor... nenhum medo
eu sentia que aquele era o meu momento
onde eu
ia vencendo os medos... os tabus...
os preconceitos.
Você se demorou na
introdução
sem pressa, carinhosamente,
pacientemente...
ajudou-me a
descobrir como
levar-te ao delírio, e alcançá-lo
no mesmo momento
que você.
Você despertou em mim... a mulher
a fêmea... com seus medos e
desejos.
Suas mãos delicadamente percorriam
todo o meu corpo, meu
sexo...
num vai e vem louco..
descobrindo como me dar
o prazer.
Perdi a consciência... a inocência
deixei-me guiar pelos impulsos
loucos
sentia que queria cada vez mais e mais...
eu precisava sentir você
dentro de mim
invadindo meu ser... invadindo
minhas
entranhas...
para poder atingir o
clímax.
De repente como uma grande onda,
que invade a praia,
meu
corpo sentiu o que era o prazer
descobriu nas suas carícias, o que
era
realmente tornar-se mulher
profundamente.... verdadeiramente.
A mancha
que ficou nos lençóis, mas
parecia um botão desabrochando...
e realmente
naquele momento
eu descobri que pertencia a você
por inteira...
era a
mulher fogosa que estava
despertando... deixando seus instintos
sexuais
fluírem, para a vida para o amor.
Na entrega total dessa
união.
Quando fazíamos amor
nos transformávamos
parecíamos dois
bailarinos
dançando sutilmente... suavemente
a dança do amor... da
volúpia
e quando atingíamos o orgasmo
caíamos ardentes e
desfalecidos
cansados... vencidos... pelo prazer.
Mas éramos muito
jovens,
o sexo tornou-se um jogo
onde cada jogador tinha um trunfo
para
poder vencer um ao outro.
Usávamos nossos corpos,
como armas
poderosas...
travávamos nossas batalhas intimas
para mostrar quem era o
vencedor.
Caímos nessa armadilha do destino
nos entregamos... sem
piedade
e hoje... mergulho na dor cruel da saudade
na lembrança linda
e suave
daqueles momentos lindos, que findaram.
Hoje sinto
que,
dessa experiência compartilhada,
você se fez metade de
mim...
Metade que se fora... não sou completa,
me falta você,
amor!
Mas vou amá-lo por toda a eternidade
ate o nosso
reencontro.
VITORIA - E. SANTO