Medo, de acordar sozinha.
Arneyde T. Marcheschi
Gosto de andar vagando pela cidade
sem
destino certo
parar à beira-mar
e procurar
dentro de mim
o que tanto procuro e não
encontro,
mas tenho medo.
Medo de saber a
verdade...
e me recolho em meu casulo,
Algumas vezes,
procuro vencer meus anseios
e me
recordo de seus longos beijos...
Foram muitos anos para
esquecer,
para apagar da memória o meu
padecer.
Tantas vezes
sinto o medo assaltar meus instintos.
reclamo e perjuro esse
cruel destino
que me faz viver nesse desatino,
escondendo-me atrás dos meus medos,
o perdi...
Eu me pego pensando em
como consegui sobreviver sem
ti,
amargando dores e saudades,
e como vivo
sem sua ternura e carinho!...
E me pergunto:
conseguirei
ou continuarei a ser
a sua
sombra?
Como me custa caro viver assim
sufocada e amargurada nesta tristeza imensa?
Algum dia terá fim
este sofrimento?
Deixe-me ir ao seu encontro
livre... dos meus pesadelos!
Vitoria - E. Santo 12/12/2005
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Fundo Musical: Estrellita - Manuel
Maria Ponce