Desfiladeiro da solidão


Becos escuros, sombrios
marmorizados na imensidão
sombreando o coração
exterminando a emoção.

Torres altas
perdidas no infinito
sem rumo, sem direção,
labirintos sem saídas.

Espadas cortantes
ceifando a vida, apagando
a luminosidade do dia
de almas inocentes.

Vazios... sofrimentos
lentidão dos sentidos
estrelas sem luz
sol sem calor,
só dor e padecimento.

Crueldade com o mundo...
sorrateiramente a morte chegou
levou nosso poeta sorridente,
sua chama se apagou.

Deixou apenas perpetuada
tatuada no peito,
a saudade, a lembrança
na alma de quem com ele
muito riu, chorou, se
emocionou e muito o amor.

Do céu surgem anjos
iluminando nossos caminhos,
sei que são vocês nossos poetas,
amigos e companheiros,
que jamais nos esquecerão
e nos abandonarão.


Arneyde T. Marcheschi
Vitória - ES - 18/05/2007




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