Olhar


Ninguém percebeu
o olhar furtivo por ti lançado,
laçou meu coração
adoçando com mel minha criança.
Senti na pele e na alma
o prazer de te pertencer
amor virtual, amor platônico...
até quando?
Não posso fingir
deixar escapar esta emoção.
Não quero deixar de viver
este prazer, esta ilusão,
nem que para isto
tenha que vedar os olhos
e por inteira
atirar meu corpo neste abismo
sem fronteiras,
sem limites para a emoção.
Prefiro sentir a dor saudade,
o vazio da solidão...
a deixar de viver esta paixão!


Ana Kilesse
Rio de Janeiro - RJ



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