Inércia


Uma inércia doentia domina
O corpo e bloqueia a mente
Queria voar como os pássaros
Sair de mim mesma...
Projetar-me em outra dimensão.
Num mergulho nas profundezas do ser
Deparo-me com uma infinidade de células
Em contrações involuntárias
Plantas carnívoras
Alimentando-se de vísceras
Vísceras que me deram vida
Geraram vidas e agora...
Minam esta rocha
Na qual projetei meu ser.


Ana Kilesse
Rio de Janeiro - RJ



Fundo Musical: A última neve de primavera - Violinos de São Paulo
 
 
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