INCERTEZAS


ANA KILESSE


 


Como julgar a incerteza desta vida

Sem ao menos ter podido vivenciar

Comungar com os outros seres a existência

Tão marcada, delimitada, cheia de posses

 

 

Fui marcada com ferro e fogo

Minha liberdade tirada para impedir

Que tomasse rumo diferente, do qual foi imposto

Tivesse vontade própria, vivesse sem cobranças

 

 

Castraram minha identidade para que? Não sei...

Só sei que segui caminho diverso ao meu destino

Tolhida dos mais puros sentimentos sofri...

Calada, castrada, dos instintos, dos desejos.

 

 

Só como companheira a incerteza, a dúvida.

O que é certo, o que é errado, o bem e o mau...

Como julgar o que não se conhece nem viveu

Passei pela vida sem ilusões só contradições

 

 

Ter que tomar rumo sem leme para guiar

Como fazer reviver a vida dentro deste ser

Que tudo deixou sem ao menos se importar

Que o mínimo que poderia ser feito era viver

 

 

Viver o aqui e agora, sem amanhã por vir

Sem esperar que chegue a hora para ser feliz

Um novo amanhecer de esperanças no amanha

Que esta por vir sem duvidas e receios

 

 

Só o hoje se faz presente, vigente...

Reclama o tempo perdido em divagações

Tempo inútil, tempo sem vida, tempo vazio

A dor que consome toda a alma do ser.

 

 

 

 
Tutorial creado por
Luz Cristina García Ruiz.
12 de Abril del 2009.
Mexicali Baja California México
 
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