Destroços


Que tristeza é esta
Envolveu-me com um véu
Olhos sempre úmidos, sem vida
Choro enrustido
Coração descompassado
Demonstra fraqueza
A solidão toma conta
Não deixa raciocinar
Mente atordoada pede ajuda
Sem saber onde e como
Um alento quem sabe
Para amenizar a dor da alma
Que chora sem nem mesmo saber
O que se passa
Será que a vida não deixa
Uma fresta para o sol entrar?
Tento colorir meus pensamentos
Ver vida e viver
Como é possível descobrir o rosto
Tirar o véu
Se nem ao menos sei
Ou quem sabe sei de mais
Tudo que de rompante rasga a alma
Fere o coração em trapos
Destroça o corpo sofrido.
De tanto tentar escapar
Das armadilhas do caminho
Em busca de uma clareira
No meio desta selva.


Ana Kilesse
Rio de Janeiro - RJ



Fundo Musical: Sonata Ao Luar
 
 
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