Olhares
ana ferreira
trindade - Lisboa/Portugal - Maio de 1989
Olhos de mares sem
fim
rasos de águas
escuras, obscuras
marés de espuma dos
dias
de vidas
quentes
mas
ausentes
luas novas cheias de
sincretismo
eclipses de amores
totais,
integrais
Fragmentos de uma
paisagem interior
pedaços de ti e de
mim
tu eras luz,
cor e amor
fragmentos de vidas
sem fim
Mas com as nuvens de
algodão doce
tapando os dolorosos
olhares
que queimam e
desintegram
esta estrela cadente
em que o amor por
ti
me
transformou
eu já não te vejo,
não sinto e não
quero saber
nem de ti, nem de
mim
apenas quero
dar-me
a quem a mim se
doou
e nunca me
magoou
e enfim aprender a
viver...
Beijinhos
Ana,
sempre!!!
Fundo Musical:
Animals Wolf