Ilha
ana ferreira trindade - Outubro de 1989/lisboa
Ilha inóspita e inacessível
de rios sem água,
árvores sem folhas
pedras sem rumo
Rodeada por um mar de indiferença
total e desmedida mas não sentida
Escarpa alta, intransponível
invencível
desmentida pela tua escadaria
de timidez e ternura infantil
de medos e segredos
que eu quero desvendar
embalar e amar
Ilha encontrada mas nunca violada
que tu queres guardar, aferrolhar
embora a desejes libertar
ana ferreira trindade - Outubro de 1989/lisboa
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