Escritor - Rio de Janeiro - 1839 - 1908
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Machado de Assis |
Joaquim
Machado de Assis foi cronista, contista, dramaturgo,
poeta,
novelista, romancista, crítico e ensaísta.
Filho de um operário mestiço
de negro e português,
publicou seu primeiro
romance, Ressurreição,
em 1872.
Com a nomeação para o
cargo de primeiro oficial da
Secretaria de Estado do Ministério
da Agricultura,
Comércio e Obras
Públi-cas, estabilizou-se na
carreira burocrática,
a que seria o seu
principal meio de subsistência
durante toda sua vida.
Dentre seus principais contos, estão Missa
do Galo, O Espelho
e O Alienista.
Sua obra em romance é dividida em duas fases:
a Romântica, composta de Ressurreição (1872), seu primeiro
livro,
A Mão e a Luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia
(1878),
e a Realista,
na qual destacam-se Memórias Póstumas
de Brás Cubas (1881),
Quincas Borba (1892),
Dom Casmurro
(1900) e Memorial de Aires (1908).
Foi eleito o presidente da Academia
Brasileira de Letras (ABL)
quando
esta se instalou, no dia 28 de janeiro de 1897.
Ocupou o cargo até sua morte.
Faleceu de câncer em sua
cidade natal,
Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1908.
Sua oração fúnebre foi proferida pelo acadêmico Rui Barbosa.
“A arte de viver consiste em tirar o maior
bem do maior mal.”
“A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo
univer-sal.”
“As melhores mulheres pertencem aos homens mais atrevidos.
Mulheres são como maçãs em árvores.
As melhores estão no to-po...
Os homens não querem alcançar essas boas, porque
eles têm
medo
de cair e se machucar.
Preferem pegar as maçãs po-dres que ficam no chão, que
não
são
boas
como as do topo, mas são fáceis de se conseguir.
Assim as
maçãs no topo pensam que algo está errado com
elas,
quando na verdade, ELES estão erra-dos...
Elas têm que esperar um pouco para o homem certo che-gar...
Aquele que é
valente o bastante para escalar
até o topo da árvore.”
“Assim são as páginas da vida, como dizia meu
filho quando fazia versos, e acrescentava que as páginas vão passando
umas sobre as outras, esquecidas apenas lidas.”
“Atrás de toda ação, há sempre uma intenção.”
“Cada qual sabe amar a seu modo; o modo pouco importa; o
es-sencial é que saiba amar.”
“Defeitos não fazem mal, quando há vontade e poder de os corri-gir.”
“Guarda estes versos que escrevi chorando como um alívio
a mi-nha saudade, como um dever do meu amor; e quando houver em ti um eco
de saudade, beija estes versos que escrevi chorando.”
“Não
há como a paixão do amor para fazer original o que comum,
iluminado o que é sombrio e novo o que morre de velho.”
“Não levante a espada
sobre a cabeça de quem te pediu perdão.”
“Não
precisa correr tanto; o que tiver de ser seu às mãos lhe há de ir.”
“Não
se luta contra o destino; o melhor é deixar que nos pegue pelos cabelos
e nos arraste até onde queira alçar-nos ou despe-nhar-nos.”
“Nós
matamos o tempo, mas ele enterra-nos.”
“O
amor não nasce de uma circunstância fortuita, nem de uma longa
intimidade, é uma harmonia entre duas naturezas, que se reconhecem e se
completam.”
“O
Coração é o relógio da vida. Quem não o consulta,
anda natu-ralmente fora do tempo.”
“O
coração humano é a região do inesperado.”
“O
destino como os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho.”
“O
nosso destino é modificado pelos nossos pensamentos. Viremos a ser o que
desejamos ser quando os nossos habituais pensamentos corresponderem aos
nossos desejos.”
“O
tempo é um tecido invisível em que se pode bordar tudo:
uma flor, um pássaro, uma dama, um castelo.
Também se pode bordar nada...”
“Os
olhos continuaram a dizer coisas infinitas. As palavras da boca é que
nem tentam sair: voltaram caladas como vieram.”
“Sentenças
latinas, ditos históricos, versos célebres,
brocados ju-rídicos,
máximas, é de bom aviso trazê-los contigo
para os
discur-sos de
sobremesa,
de felicitação ou de agradecimento.”
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