Fala-se abertamente na possibilidade de realizar o abortamento do bebê, desde que seja detectado que ele possa vir a nascer com al-guma deficiência física ou mental.
E a prática parece que se vai tornando usual. Ouve-se as pessoas afirmarem que, se fosse com elas, agiriam da mesma forma.
Afinal, ninguém deseja colocar no mundo um deficiente mental, um alienado, um peso morto.
Mas é de nos indagarmos: e se o filho nascer perfeito e depois vir a
se
tornar, por enfermidade ou acidente, um deficiente, teríamos a
coragem de
tirar-lhe a vida?
Além disso, os que assim pensam atestam o desconhecimento das Leis Divinas
que nunca se enganam, bem como as conquistas já re-alizadas pela medicina
para tratar o feto ainda no ventre materno.
Possivelmente nunca ouviram falar da extraordinária Hellen Keller. Ela
nasceu em 1880, numa pequena cidade do norte do Alabama.
Aos dezoito meses de idade, devido a uma doença infecciosa, tor-nou-se cega e
surda. Sua deficiência sensorial lhe impedia qualquer comunicação com o
mundo exterior e, por isso, ela foi tida como débil mental.
Aos sete anos era extremamente nervosa, agressiva. Foi então que apareceu em sua vida a professora Ana Sullivan.
Dali em diante sua vida se modificou radicalmente.
Aprendeu que as coisas tinham nome, que os pensamentos e senti-mentos podiam ser escritos com sinais.
Com o tato, o gosto e o olfato estudou e pesquisou. Escreveu livros
e
ensaios.
Aos 24 anos formou-se no Colégio Universitário de Radcliff.
Ouvia a linguagem oral dos outros colocando suas mãos
nos lábios ou
no pescoço, sobre as cordas vocais dos que falavam.
Assim aprendeu a falar e proferiu palestras.
Dedicou toda a sua vida ao bem, ajudando os inválidos e os deses-perados, através de conferências, trabalhos que promoveu em fa-vor deles e de sua
incontável correspondência.
Hellen Keller é a clara demonstração de que o Espírito pode supe-rar a
matéria.
Sua realidade interior venceu todos os obstáculos para transmitir a mensagem
da esperança, a lição de confiança e persistência.
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Hellen Keller costumava assistir a concertos musicais.
Adorava so-los de corda. Colocava suas mãos sobre o instrumento e ouvia a música.
Morreu no dia 2 de junho de 1968, com a idade de 88
anos, em Westport, Connecticut.
A respeito da linguagem oral dos surdos afirmou:
Havemos de falar e havemos de cantar porque Deus quer nossas palavras e nossos cantos.
Considere tudo isso e pergunte-se, sinceramente, se é justo matar um ser
humano sem lhe dar a mínima chance de tentar...
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Redação do Momento Espírita, com base no
cap. 4 - 2ª pt. do livro
As aves feridas na Terra voam, de Nancy Puhlmann di Girolamo,
ed. Instituição Beneficente Nosso Lar.
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