Quem me dera ter arte, ter magia
P’ra que meus versos fossem de veludo
E poder, num soneto, dizer tudo
Que pudesse fazer-vos companhia.
Minha pobre e modesta poesia,
É modo de falar, não ficar mudo,
E ser a portadora, sobretudo,
Duma paz que se espera neste dia.
No profundo sentir duma amizade,
Há sempre tanta sensibilidade
Que, num abraço longo e fraternal,
Ouso pedir a Deus que, na vigília,
Na companhia de toda a família,
Festejem um Santo e feliz Natal.