| 
 
 
	
	Natal Sertanejo
 Quantos natais se passaram
 Quantos deles ainda virão?
 Alguns eu passei no Rio,
 Outros tantos no meu chão.
 Mas pra falar bem a verdade
 Eu sinto bastante saudades
 Dos velhos natais do sertão.
 
 Em minha Santa inocência,
 Acreditava em Papai Noel.
 Que na véspera do Natal
 Cumpria seu doce papel.
 Distribuindo presente
 E a criançada contente
 Fazia o maior escarcéu.
 
 Eram humildes presentes,
 Isso não tenho como negar.
 Às vezes uma lembrancinha
 Para em branco não passar.
 Mas era grande a alegria,
 Naquela grande família,
 Em seu singelo celebrar.
 
 Sapatos e roupas novas,
 A família inteira ganhava.
 Na passagem do novo ano,
 Era que a gente estreava.
 Era na cambraia bordada,
 E com nossa saia rodada
 Que o Ano Novo começava,
 
 No galinheiro um peru gordo
 Aguardava sempre a ocasião.
 Era o banquete das famílias
 Que assavam galinha e capão.
 Comida tinha com fartura
 Pois assim era nossa cultura
 Naquela Santa celebração.
 
 A ceia, a missa do galo,
 A visitação da lapinha.
 Antes da missa o passeio,
 Dando giros na pracinha.
 Hoje celebro na verdade,
 O velho Natal da saudade,
 Que um dia viveu Dalinha.
 
 Dalinha Catunda
 Rio de Janeiro - RJ
 
 
 Anterior  
	Próxima   
Natal   Menu Principal
 
  
 |