Contudo foi vivido intensamente,
e a cada
novo despertar,
o caleidoscópio cotidiano,
nos apresentou as variadas
nuances,
ora coloridas, ora acinzentadas.
Olhando para trás,
tivemos um ano de
crises,
injustiças sociais e tragédias.
Mas alegrias nos
alcançaram,
emprestando a leveza aos corações.
Enfim um ano como tantos outros,
em que
partilhamos dores e risos,
preocupações e problemas,
anseios, significados
e afetos,
encontros e desencontros.
No balanço existencial
talvez houveram
déficits,
perdas, impasses e desilusões.
Mas afinal o que é a
vida,
senão o desenrolar de circunstâncias.
Estas nos obrigam a pensar
a escolher,
equacionar, ousar,
decidir o melhor a fazer.
Nos percebemos senhores ou
não
da nossa vontade e desejos.
No limiar do nascimento
de cada novo
ano,
desejamos realizar no próximo,
tudo o que não conseguimos
no ano
anterior.
Porém, seguimos os mesmos passos,
as mesmas
regras e sentimentos,
enxergamos nossa verdade como absoluta,
e com isso
continuamos a
seguir a mesma matriz.
Repetimos os mesmos erros,
continuamos a
falar sem refletir,
julgamos a tudo e a todos,
esquecendo que somos
humanos
e portanto falíveis.
Não é o tempo que passa por nós,
mas nós é
que somos o seu passageiro.
É preciso largar a mala pesada
de nossos
preconceitos e "achismos",
preparando-se para 2010
com um novo
olhar.
Santos/SP/Brasil
Fundo Musical: Alegria