Era
Assim
Quando vem surgindo
dezembro,
Do meu passado relembro,
Num tempo que tudo era mel.
O presépio que me encantava.
Os presentes que eu ganhava,
Do velho Papai Noel.
O presépio era tão
lindo!
Nas palhas Jesus menino,
José e Maria sorrindo,
Cercados por animais.
Os três reis magos contentes,
Seguravam seus presentes,
Ao lado do filho e dos pais.
As árvores de Natal,
Deslumbravam minha visão.
Eram pobres garranchos,
Recobertos com crepom.
No alto uma estrela prateada,
Sobre os galhos algodão.
Eu sonhava com Papai
Noel,
Descendo pela chaminé,
Entrando de casa em casa,
Pisando na ponta do pé.
Barbas brancas, gorro vermelho,
Como ainda hoje ele é.
O sapatinho embaixo da
cama,
Da rede, ou na janela,
Era a mais bela quimera,
Daqueles tempos de outrora.
Lamento a ilusão perdida
Que reina no mundo agora.
Dalinha Aragão
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