Ano Velho
Vai, Ano-Velho! Segue o
teu destino...
O que mais importa, o que deixas ou
o que levas? Perdas ou ganhos?
Ilusões,
ou esperanças?... Na complexidade dos
teus
dias a vida procura demonstrar
indiferença,
mas é impossível...
És duro,
irreversível, frio... Em mitológico
castigo, os Deuses limitaram tua vida a
doze meses. Por isso, no teu impaciente
viver, és tão inconstante, apressado,
ilógico!
Se as estrelas se
divertem, trazes a tempestade.
Se o amor se reveste de paixão, mandas o
luto.
Quando o sorriso se mostra mais sincero,
envias
a dor...
Finalmente chegas
ao fim...
Novo Ano se
aproxima. O mundo, em irracional
euforia idolatra o teu sucessor. Como
tu, ele vem
disfarçado em alegrias, promessas,
juras...
Ardilosamente
promete riqueza, saúde, paz e até
mesmo felicidade propõe...
Na embriaguez da
festa, abraçamos a ilusão. Ela é
doce, bela... E com ela dançamos todos
os nossos
sonhos, todos os nossos desejos.
Entre eufórico e
incrédulo, tu nos observas. Sabes
que tua vida é curta e aguardas apenas o
novo dia,
para nos comunicar que nada mudou...
Apenas o tempo
passou...
Domingos Alicata
Rio de Janeiro - RJ - 31/12/2005
Fundo Musical:
Just For You - Ernesto Cortázar
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