TUDO ACABADO
(Dalva
De Oliveira)
Tudo acabado entre
nós,
Já não há mais nada
Tudo acabado entre nós
Hoje de madrugada
Você chorou eu chorei,
Você partiu e eu fiquei
Se você volta outra vez
Eu não sei...
Nosso apartamento agora
Vive a meia luz
Nosso apartamento agora
Já não me seduz
Todo egoísmo veio de nós dois
Destruímos hoje
O que podia ser depois
***********
Formatado por: Yara
Nazaré
Letra e música: enviadas pelo
nosso amigo, Otacílio esposo de Teca.
********
Lembro que minha
mãe tinha um caderno de letras de músi-cas e, quando
casei, ela me presenteou com ele.
E, já nas décadas de 60
e 70, quando eu embalava meus filhos na hora de dormir, abria
o caderno e soltava minha voz can-tando aquelas músicas,
com letras incríveis, nas quais havia enredo, romance, e muita
poesia.
Entre elas estavam as músicas cantadas pela Dalva de
Oliveira e outras gravadas pelo Trio de Ouro do qual ela fazia
parte com Herivelto.
Antes, acompanhávamos todo o desenrolar
do romance con-turbado de Dalva e Herivelto, através da Revista
do Rádio, da revista, O Cruzeiro e pelo rádio mesmo.
Para
vocês, mais um sucesso da grande estrela da música
brasileira.
Abraços.
Yara Nazaré
E, saibam um pouco mais sobre...
DALVA DE OLIVEIRA
Grandiosa intérprete da
música popular brasileira, nascida em de Rio Claro/ São
Paulo.
A extensão de sua voz, ia do contralto ao soprano
e ela mar-cou época como uma das grandes estrelas dos anos
40 e 50.
Seus pais, o carpinteiro e clarinetista,
Mário Antônio de Olivei-ra, o Mário Carioca e Alice do
Espírito Santo Oliveira, nascida em Portugal mas naturalizada
brasileira, que trabalhava fazen-do salgadinhos para vender.
Teve mais três irmãs meninas, Nair, Margarida e Lila, e um
ir-mão que nasceu com problemas de saúde e morreu ainda
cri-ança.
Dalva e suas irmãs, estudaram em um
internato de Irmãs de caridade, o Internato Tamandaré, onde
ela teve aulas de piano, órgão e canto.
Devido uma séria
infecção nos olhos, saiu do internato (1928) e trabalhou então
como arrumadeira, como babá e ajudante de cozinha em
restaurantes.
A família se transferiu para o Rio de
Janeiro (1934), onde foram morar à Rua Senador Pompeu, na
tentativa de investir na carreira de cantora.
Empregou-se como
costureira numa fábrica de chinelos, da qual um dos
proprietários, o Milton Guita, conhecido como Mi-longuita era
diretor da Rádio Ipanema, a atual Mauá, e este convidou-a para
um teste na Rádio Ipanema.
Aprovada, logo depois transferiu-se
para as Rádios Sociedade e Cruzeiro do Sul, onde cantou ao
lado de Noel Rosa.
Depois, passou pela Rádio Philips e
finalmente conseguiu tra-balho na Rádio Mayrink Veiga.
Trabalhou (1936) na temporada popular da Casa de Caboclo, do
Teatro Fênix, onde atuou ao lado de Jararaca e Ratinho,
Al-varenga e Ranchinho, Ema D'Ávila, Diamantina Gomes e Antô-nio Marzullo.
No mesmo período, trabalhou na Cancela, em São
Cristóvão, num teatro regional onde ela apresentava números
imitando a atriz Dorothy Lamour, e lá conheceu Herivelto
Martins, com quem fez dupla e casou-se (1937) e o casal teve
seus dois fi-lhos, o cantor Pery Ribeiro e o produtor de
programas televi-sivos da TV Globo, Ubiratã.
Gravaram o
primeiro disco (1937) na RCA Victor, com as músi-cas Itaguaí e
Ceci e Peri, razão do nome do seu primeiro filho, o futuro
cantor Pery Ribeiro.
Transferiram-se para a Rádio Tupi e para
a gravadora Odeon. Participou do filme Berlim na batucada
(1944) e Caídos do céu (1946).
Separou-se (1947) de Herivelto
e casou-se (1949) com o ar-gentino Tito Clement e foram morar
em Buenos Aires.
Retornou ao Brasil (1950), separou-se (1963)
de Clement e de-pois casou-se com Manuel Carpinteiro.
Sofreu um
grave acidente automobilístico (1965), sendo obri-gada a
abandonar a carreira por alguns anos.
Retornou (1970),
lançando um dos grandes sucessos do ano e também seu último:
Bandeira branca, marcha-rancho de Max Nunes e Laércio Alves.
Morando em uma confortável casa no bairro carioca de
Jaca-repaguá, no Rio de Janeiro, fez apresentações no Teatro
Tere-za Raquel e em vários programas de televisão e em shows e
faleceu dois anos depois vítima de hemorragia no
esôfago.
*******
| | |