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José Carlos Capinam |
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Edu Lobo |
Marília Medalha |
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Quarteto Novo |
Era um, era dois, era cem
Era o mundo chegando e ninguém
Que soubesse que eu sou violeiro
Que me desse ou amor, ou dinheiro
Era um, era dois, era cem
Vieram pra me perguntar
Ô você pra onde vai, de onde vem
Diga lá o que tem pra contar
Parado no meio do mundo
Senti chegar meu momento
Olhei pro mundo e nem via
Nem sombra, nem sol e nem vento
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola pra cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola pra cantar
Era um dia, era claro, quase meio,
Era um canto calado, sem ponteio
Violência, viola, violeiro
Era a morte, em redor mundo inteiro
Era um dia, era claro, quase meio
Tinha um que jurou me quebrar
Mas não lembro de dor nem receio
Só sabia das coisas do mar
Jogaram a viola no mundo
Mas fui lá no fundo buscar
Se eu tomo a viola, ponteio
Meu canto não posso parar, não
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola pra cantar,
Ponteio, todo mundo pontear,
Pontear... ah!
Era um, era dois, era cem
Era um dia, era claro, quase meio
Encerrar meu cantar já convém
Prometendo um novo ponteio
Certo dia que sei por inteiro
Eu espero não vá demorar
Este dia estou certo que vem
Digo logo o que vim pra buscar
Correndo pro meio do mundo
Não deixo a viola de lado
Vou ver o tempo mudado
E um novo lugar pra cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola pra cantar
Ponteio
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola pra cantar
Ponteio
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