(Donga e Mauro de Almeida)
Almirante, Pixinguinha e Grupo Velha
Guarda
(1955)
O Chefe da Folia
Pelo telefone manda me
avisar
Que com alegria
Não se questione para se
brincar
Ai, ai, ai
É deixar mágoas pra trás, ó
rapaz
Ai, ai, ai
Fica triste se és capaz e
verás
Tomara que tu apanhes
Pra não tornar fazer isso
Tirar amores dos outros
Depois fazer teu feitiço
Ai, se a rolinha, Sinhô,
Sinhô
Se embaraçou, Sinhô, Sinhô
É que a avezinha, Sinhô,
Sinhô
Nunca sambou, Sinhô, Sinhô
Porque este samba, Sinhô,
Sinhô
De arrepiar, Sinhô, Sinhô
Põe perna bamba, Sinhô,
Sinhô
Mas faz gozar, Sinhô, Sinhô
O “Peru” me disse
Se o “Morcego” visse
Não fazer tolice
Que eu então saísse
Dessa esquisitice
De disse-não-disse
Ah! Ah! Ah!
Aí está o canto ideal,
triunfal
Ai, ai, ai
Viva o nosso Carnaval sem
rival
Se quem tira o amor dos
outros
Por Deus fosse castigado
O mundo estava vazio
E o inferno habitado
Queres ou não, Sinhô, Sinhô
Vir pro cordão, Sinhô, Sinhô
É ser folião, Sinhô, Sinhô
De coração, Sinhô, Sinhô
Porque este samba, Sinhô,
Sinhô
De arrepiar, Sinhô, Sinhô
Põe perna bamba, Sinhô,
Sinhô
Mas faz gozar, Sinhô, Sinhô
Quem for bom de gosto
Mostre-se disposto
Não procure encosto
Tenha o riso posto
Faça alegre o rosto
Nada de desgosto
Ai, ai, ai
Dança o samba
Com calor, meu amor
Ai, ai, ai
Pois quem dança
Não tem dor nem