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Romildo Souza Bastos |
Toninho Nascimento |
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Clara Nunes |
É água no mar, é maré cheia ô mareia ô, mareia É água no mar...
Contam que toda tristeza Que tem na Bahia Nasceu de uns olhos morenos Molhados de mar.
Não sei se é conto de areia Ou se é fantasia Que a luz da candeia alumia
Pra gente contar.
Um dia morena enfeitada De rosas e rendas Abriu seu sorriso de moça E pediu pra dançar.
A noite emprestou as estrelas Bordadas de prata E as águas de Amaralina Eram gotas de luar.
Era um peito só Cheio de promessa era só
Era um peito só cheio de promessa
Era um peito só cheio de promessa
Quem foi que mandou O seu amor Se fazer de canoeiro O vento que rola das palmas
Arrasta o veleiro E leva pro meio das águas de Iemanjá E o mestre valente vagueia Olhando pra areia sem poder chegar
Adeus, amor
Adeus, meu amor Não me espera Porque eu já vou me embora Pro reino que esconde os tesouros
De minha senhora
Desfia colares de conchas Pra vida passar E deixa de olhar pros veleiros
Adeus meu amor eu não vou mais voltar
Foi beira mar, foi beira mar que chamou
Foi beira mar ê, foi beira
Foi beira mar ê, foi beira
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