Terapia do elogio


Contemplando o mundo de meu Deus, pude detectar o quando nós humanos estamos vivendo na falta.

Falta de um carinho, falta de um abraço e, especialmente, falta de um elogio.

O elogio é algo mágico capaz de fornecer energia para a ação, tem poder de transformação, possibilita um novo auto-olhar, trocando as cores das lentes dos óculos escuros para lentes coloridas que possibilitem mais vida.

Nesse mundo supersônico as pessoas quase não param em direção ao outro e nem em direção a si.

Todos vão sendo engolidos pelo ativismo exacerbado.

Maridos não se voltam mais para as suas esposas elogiando a comi-dinha gostosa, o cuidar dos filhos, o seu trabalho e suas produções, mesmo tendo de conciliar o papel de dona de casa a profissional.

O tempo não dá tempo e a luta pela sobrevivência é prioritária.

Às vezes não se lembram nem dos dias especiais como datas come-morativas.

São pequenas coisas, simples elogios, mínimas atenções que podem salvar casamentos, propiciar mais saúde e felicidade.

Mulheres esqueceram que no elogio está talvez o segredo da con-quista, o jeitinho de ter o marido ao seu lado feliz e compro-metido, proporcionando felicidade aos familiares.

É uma arma poderosa, irresistível que fica muitas vezes sem uso.

Avançando mais ainda no descaso  da falta de elogios,  pode-se sen-tir também o descaso com relação aos pais e filhos.

Os filhos são muitas vezes visualizados pelos deslizes, sem uma palavra elogiosa por parte dos pais.

São filhos insatisfeitos que vão buscar “satisfação” em outras pes-soas e coisas muitas vezes prejudiciais a vida.

Um carinho elogioso pode ser extremamente eficiente na formação da criança, do jovem, elevando a estima em todas as direções.

Os filhos não percebem o cuidado que os pais lhes dispensam, considera-os fora de tempo, falando outra língua.

E ninguém se entende.

Na área profissional há uma defasagem de reconhecimento, de elogios que venham a estimular o outro a fazer cada vez mais e melhor.

No contexto social, de uma forma geral, a arma poderosa que é o elogio vai ficando fora de uso.

O elogia é uma arma, um instrumento de cura contra a baixa es-tima, a timidez, as fobias e até as drogas.

Sem ser psicólogo, psiquiatra, psicanalista, todos podem usar a te-rapia do elogio.

Não precisa formação acadêmica.

Precisa posicionamento, treino, amor, querer. A partir daí é só ver para crer.

Jamais se deve confundir um elogio sincero com bajulação.

Elogiar é se sentir aberto aos sentimentos gratificantes, as neces-sidades do outro, é ter empatia fazendo com o outro o que deseja para si.

Suscito os amigos ao treino da efetivação do ato de elogiar, poden-do, então, observar os resultados.

Caso não possa dar uma palavra de estímulo é melhor calar.

Entra aí o coração e o sentimento. Boa sorte!

Ninita Lucena
Natal - RN



 

 
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