Por que não é ensinado, desde a mais tenra idade, a confiar, verdadeiramente, no amor de Deus, mas, é ensinado a ter medo Dele? Ensina-se que
Deus levanta seu braço e cheio de ira castiga aquele que erra. Doutrina-se de
tal forma o pequenino, que ele nunca esquecerá que, ao errar, será fatalmente punido. Isso faz com que, ao cometer um deslize, sua própria mente procure uma forma de punição, seja através de doenças, prejuízo financeiro, perda
de emprego e muitas vezes da própria família, incutindo-se a ideia de que
Deus o puniu.
Ensina-se que na hora da morte, se o perdão for pedido com arrependimento, as portas do Éden serão abertas. Ensina-se ainda que se a pessoa
morrer, sem ter na última hora pedido perdão do erro cometido, não poderá
entrar no céu. Deduz-se daí que, se alguém morrer repentinamente, sem ter
tempo de se arrepender, seu espírito não poderá jamais gozar as delícias do paraíso.
É incompreensível que os pais permitam que seja ensinado às suas crianças essas lições, e que, muitas vezes, eles próprios coloquem esse mesmo
medo nos filhos, para obrigá-los a obedecer.
Será que não compreendem que quando um infante é criado cheio de
receios, crescerá como um adulto tímido, ou revoltado, e que essa criação o
influenciará por toda a sua vida? Que ele se tornará uma pessoa temerosa e
sem coragem de tomar decisões ou, ao contrário, tomará decisões
precipitadas para não ficar pensando, com medo de errar? Que, muitas vezes,
essa criança-adulta, assim doutrinada, precisará de ajuda psicológica?
Não se deve temer a Deus, mas amá-lo de verdade, confiar em sua bondade sem limites.
Ele é um pai bondoso, amigo de todas as horas, que fica ao lado daquele que Dele precisa e está sempre pronto a perdoar.
O Todo Poderoso estende sua mão para todos nós e, se desejarmos, podemos segurá-la e caminhar pela vida de mãos dadas com Ele.
Ou se ama a Deus sem reservas ou teme-se a Ele... É impossível conviver com esses dois sentimentos dentro do coração.